Estudantes de cursos agrários têm aulas em área cedida pela Embrapa Agropecuária Oeste. Comodato acaba de ser renovado
O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) acaba de renovar uma parceria que vai além da sala de aula. A renovação do Termo de Comodato com a Embrapa Agropecuária Oeste permitirá que o Campus Ponta Porã continue utilizando a área que serve como campo experimental por mais cinco anos. O espaço proporciona formação agrícola e inovadora, e prepara os estudantes para os desafios e oportunidades do agronegócio.
Conhecida como Unidade 2, a área possui 177 hectares e abriga, além de plantações de diferentes culturas, criação de ovelhas e, em breve, terá um plantel de gado.
O diretor-geral do Campus Ponta Porã, Izidro Lima Jr., destaca a alta produtividade no campo experimental. “Atualmente, 100% da área estão cultivados com plantações de milho e aveia”, comemora.
Estudantes dos cursos técnicos em Agricultura e das graduações em Agronomia e Gestão do Agronegócio têm aulas na Unidade 2.
“Além de eventos como o Dia de Campo, onde os estudantes fazem atividades práticas, também temos aulas programadas durante a semana, em diversas disciplinas dos cursos da área agrícola”, explica o diretor.
O campo experimental também proporciona o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão. A área tem duas salas de aula com ar-condicionado, além da ‘casa de internacionalização’ para acolher estrangeiros em estágio, como os professores moçambicanos que já aram por lá e paraguaios, que deverão chegar no segundo semestre.
Parceria Renovada
A simbólica da renovação do Termo de Comodato ocorreu no último dia 6, e contou com a presença da reitora do IFMS, Elaine Cassiano, do diretor-geral do Campus Ponta Porã, Izidro Lima Jr., do chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato, e da chefe-adjunta de istração, Erica Bonin.
No ato, a reitora expressou entusiasmo com a renovação da cessão e com forma como a área foi incorporada à formação dos estudantes.
“Este momento é impar para a nossa instituição, pois no campo experimental materializamos projetos de pesquisa e de extensão, tendo um verdadeiro laboratório a céu aberto. Nossos estudantes, quando vão para mundo do trabalho, já possuem a prática inserida na formação”.
Elaine Cassiano enfatizou a satisfação em ver estudantes de cursos da área agrícola em contato direto com a terra.
“Estive aqui há quatro meses e o campo estava coberto de soja, agora vemos a plantação de milho. A terra não fica descoberta, sempre valorizando o espaço cedido e a formação que oferecemos para os nossos estudantes”, celebrou.
O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste reforçou a importância de se manter as relações institucionais.
“Ao longo da nossa trajetória, salientamos que as parcerias são fundamentais, especialmente quando se envolve duas instituições públicas e federais. Isso nos solidifica e faz com que a gente consiga entregar um resultado muito mais robusto para a sociedade”, destacou Harley Nonato.
Em complemento, a chefe-adjunta de istração da Embrapa Agropecuária Oeste ressaltou a evolução produtiva da área.
“É muito gratificante a gente voltar a essa área e ver todo o esforço que tem sido colocado aqui”, salientou Erica Bonin.
O sucesso do modelo de comodato em Ponta Porã inspira novas iniciativas. A Embrapa Agropecuária Oeste já demonstrou a intenção de ceder uma área de 50 hectares para o Campus Dourados oferecer aulas práticas aos estudantes do curso técnico integrado em Agropecuária.