A paralisação no Rio Grande do Sul é consequência direta do abandono do governo diante das vítimas da maior enchente ocorrida há um ano. Falta compromisso, securitização e incentivos financeiros: Produtores ação concreta e respeito por parte das autoridades
O Rio Grande do Sul enfrenta uma paralisação significativa de agricultores e caminhoneiros, iniciada em 13 de maio, que tem ganhado força em diversas regiões do estado, especialmente na área da Campanha, próxima às fronteiras com Uruguai, Paraguai e Argentina.
A mobilização, que combina demandas econômicas e protestos contra políticas públicas, tem causado impactos no abastecimento e na economia local, enquanto o tema ganha destaque nas redes sociais.
CAUSAS DA GREVE
Manifestação em Encantado começou neste domingo e segue em andamento nas imediações da Borracharia do Dui. (Crédito da imagem: divulgação)
A paralisação é motivada por uma série de fatores que afetam diretamente o setor agropecuário e os caminhoneiros autônomos. Entre as principais reivindicações estão:
Falta de securitização e incentivos financeiros: Produtores rurais apontam que o não cumprimento de promessas de apoio financeiro estadual e federal tem gerado prejuízos acumulados, dificultando a manutenção das atividades agrícolas.
Alta nos custos de produção: O aumento no preço do diesel, impulsionado por reajustes recentes da Petrobras e do ICMS, impacta diretamente os caminhoneiros e o transporte de produtos agrícolas, elevando o custo do frete e reduzindo a margem de lucro dos produtores.
Políticas públicas desfavoráveis: Há críticas à falta de diálogo com o governo e à ausência de medidas que promovam a competitividade do agronegócio gaúcho, como a redução de impostos sobre insumos e combustíveis.
Impactos climáticos e econômicos: Após enchentes devastadoras no estado, os agricultores enfrentam dificuldades para escoar a produção, agravadas pela falta de infraestrutura logística e apoio governamental.
IMPACTOS NO ESTADO
A paralisação tem gerado transtornos significativos:
Desabastecimento: Bloqueios em rodovias, como a BR-290 e a BR-101, têm dificultado o transporte de grãos, leite e outros produtos perecíveis. Em 2018, uma greve semelhante causou perdas irreparáveis, com descarte de leite e prejuízos de R$ 1 bilhão ao setor agropecuário. Há relatos de que supermercados e indústrias já enfrentam escassez de produtos.
SETOR AGROPECUÁRIO:
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta que a paralisação prejudica o escoamento da safra de grãos, como milho e soja, e afeta a alimentação de animais, como aves e suínos, devido à interrupção no fornecimento de ração.
TRANSPORTE E ECONOMIA:
O Porto de Rio Grande, essencial para a exportação de soja, já registrou quedas na movimentação de cargas em paralisações anteriores, e a situação atual ameaça repetir esse cenário. Empresas de transporte relatam operações paradas ou reduzidas, enquanto indústrias como Agrale, Randon e Marcopolo suspenderam atividades em cidades como Caxias do Sul.
CONSEQUÊNCIAS: O QUE ACONTECERIA SE O AGRONEGÓCIO PARAR?
O agronegócio leva a economia do Brasil nas costas e mesmo levando pedrada segue forte, mas você já imaginou se um dia o agro parar?
O primeiro grande problema seria a falta de alimentos, subindo a inflação, atingindo todas as cidades com velocidade. Outro problema seria o colpaso na saúde, já que sem alimento, vem a desnutrição e outras doenças, além dos medicamentos que dependem do agro para serem fabricados.
Remédios, cosmésticos, itens de higiene também dependem de subprodutos agropecuários. O desemprego em massa apareceria. O agro movimenta um em cada três empregos no Brasil, diretos e indiretos. Sem produção, paralisa o transporte, a indústria, a exportação, tudo para. Isso afetaria a economia nacional e internacional.
Logo após apareceria a crise enegética e logística, sendo o etanol vindo da cana e do milho que somem. Combustíveis, fibras, tecidos, couro e até papéis de embalagem desapareceriam.
O primeiro impacto da falta do agronegócio é a fome e o segundo é o caos. Antes de criticar o campo, lembre-se de onde vem a sua próxima refeição!