Municípios de outros estados brasileiros adotam medidas mais enérgicas e severas contra moradores que fazem descartes irregular; Três Lagoas enfrenta desafios para ‘educar’ infratores
Por: Nathalia Santos
Mesmo após ampla divulgação nas redes sociais e nos canais oficiais, a Prefeitura de Três Lagoas enfrentou uma baixa adesão da população à campanha de limpeza de terrenos baldios. A isenção de multa para os proprietários que realizassem a limpeza terminou na última sexta-feira, dia 23 de maio.
Desde então, os terrenos que continuam tomados pelo mato estão sujeitos a penalidades. No entanto, a falta de comprometimento dos moradores e a ausência de fiscalização mais rigorosa têm agravado o problema.

Além da negligência na manutenção dos terrenos, a cidade enfrenta outro cenário preocupante: o descarte irregular de móveis inservíveis, colchões, sofás e até aparelhos eletrônicos em áreas públicas.
Relatos encaminhados ao Perfil News são de que moradores colocam objetos de descarte no carro, rodam a cidade e, ao encontrar um terreno baldio ou uma área com pouco movimento, simplesmente descartam o entulho ali. “É um descaso total com a cidade e com os motadores”, destaca um leitor.
SAÚDE PÚBLICA
O acúmulo de entulho e mato alto não é apenas um problema estético. Trata-se de uma grave questão de saúde pública, já que esses ambientes favorecem a proliferação de animais peçonhentos, como escorpiões, e se tornam criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
CIDADES ENDURECEM FISCALIZAÇÃO
Enquanto Três Lagoas tenta lidar com a situação por meio de campanhas educativas e ações pontuais, outros municípios têm adotado medidas bem mais enérgicas.
Em Barra Mansa (RJ), por exemplo, a prefeitura está aplicando multas de até R$ 5.000 a moradores flagrados descartando lixo irregularmente, inclusive com uso de câmeras de monitoramento para registrar os casos.
Já em São José dos Campos (SP), a punição pode chegar a R$ 22.000 para quem for pego despejando lixo ou entulho em locais públicos, demonstrando uma postura firme na defesa da ordem urbana e da saúde coletiva.
Diante desse cenário, fica evidente que a situação em Três Lagoas não se resume apenas à falta de conscientização da população, mas também à necessidade urgente de uma fiscalização mais ativa e rigorosa por parte do poder público. Sem ações firmes, o ciclo de descaso tende a continuar, prejudicando o bem-estar dos moradores e comprometendo a imagem da cidade.