Números comprovam que trecho é mais violento; Na Câmara, o vereador Fernando Jurado voltou a cobrar inclusão do trecho entre Três Lagoas e Ribas na duplicação prevista
Mesmo concentrando o maior número de acidentes, feridos e mortes registrados em 2024, o trecho da BR-262 entre Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo não está incluído no projeto de duplicação previsto na chamada Rota da Celulose, corredor logístico estratégico para o escoamento de produção industrial e florestal no Mato Grosso do Sul.
Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) revelam que, entre janeiro e maio de 2024, 62 dos 75 acidentes registrados entre Três Lagoas e Água Clara ocorreram nesse segmento inicial da rodovia.
VÍTIMAS FATAIS

No total, foram 67 pessoas feridas e 5 mortes apenas entre Três Lagoas e Água Clara — números que representam mais de 80% dos acidentes e feridos, e mais da metade dos óbitos no trecho.
Mesmo com a alta periculosidade, o plano de duplicação da Rota da Celulose não contempla essa parte da estrada, que permanece em pista simples, com intenso tráfego de veículos pesados ligados ao setor de celulose, além de carros de eio e ônibus.
Já o trecho entre Água Clara e Ribas do Rio Pardo (km 145 ao 232), que também integra a rota, registrou 13 acidentes, com 13 feridos e 3 mortes — menos de um quinto dos casos do primeiro segmento.
O cenário de insegurança se repete no trecho sob jurisdição de Campo Grande, entre os km 233 e 328 da BR-262, em Ribas do Rio Pardo, onde foram registrados 57 acidentes, 66 feridos e 4 mortes. Número menor comparado ao trecho anterior citado.
VEREADOR VOLTA A COBRAR DUPLICAÇÃO EM TRECHO DA BR-262 EM TRÊS LAGOAS

BR-262: de esquecidos a enganados. Com essa frase, o vereador Fernando Jurado mudou o tom do discurso e ou a cobrar publicamente explicações sobre a exclusão do trecho Três Lagoas–Ribas do Rio Pardo do plano de duplicação da BR-262, anunciado recentemente dentro da chamada “Rota da Celulose”.
Segundo Jurado, informações readas por autoridades estaduais alegam “baixo fluxo de veículos” como justificativa para não duplicar o trecho. O vereador, no entanto, contesta essa versão com base em dados oficiais.
“Esses números desmentem a alegação de baixo movimento. É um trecho violento, que merece atenção urgente. Estamos ando da condição de esquecidos para a de enganados”, protestou Jurado.